cocaína para o exterior

Operação desmantela grupos criminosos que enviavam cocaína para o exterior por meio de portos catarinenses

Em maio, a Receita Federal flagrou 811kg de cocaína em um contêiner na Portonave, em Navegantes (Foto: Receita Federal/Divulgação)

A Polícia Federal, em conjunto com a Receita Federal, deflagrou na manhã desta terça-feira as Operações Oceano Branco e Contentor. Então sem cumpridos mandados de busca e apreensão, prisões e conduções coercitivas. Os suspeitos são acusados de enviar cocaína para o exterior por meio de portos catarinenses. O envio da droga estava concentrado no Porto de Itapoá e no Complexo Portuário do Itajaí; que concentra os terminais de Itajaí e Navegantes. Um dos mandados foi cumprido em Penha.

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Ao todos, 450 policiais federais e 25 servidores da Receita cumprem 176 mandados. Além do bloqueio de contas bancárias nos estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo, Pernambuco, Paraíba e Rio de Janeiro.

Investigação

As quadrilhas atuavam de forma similar, inserindo clandestinamente cargas de droga em contêineres com mercadorias lícitas a serem exportadas, via de regra, para países europeus.

Nas duas operações houve apreensões de droga no país e no exterior, em procedimentos de cooperação policial internacional. A Operação Contentor, iniciada no final de 2016 na Delegacia de Polícia Federal em Joinville, levou a cinco grandes apreensões de drogas; inclusive no exterior (Bélgica), totalizando cerca de 2 toneladas de cocaína.

A investigação apurou que a cocaína era adquirida, principalmente, na fronteira do Brasil com a Bolívia. Aqui, a droga chegava em pequenos aviões que pousavam no aeroclube de São Francisco do Sul.

De lá, a cocaína era levada para chácaras onde era acondicionada em grandes bolsas. Depois, a droga era inserida em contêineres que saiam pelo Porto de Itapoá. As ordens judiciais da Operação Contentor estão sendo cumpridas nos municípios de Joinville, São Francisco do Sul, Itapoá, Garuva, Santos/SP, São Paulo/SP, Recife/PE, João Pessoa/PB e Rio de Janeiro/RJ.

Operação Oceano Branco

Já a Operação Oceano Branco, iniciada em março de 2016 na Delegacia de Polícia Federal em Itajaí, apreendeu 6 toneladas de cocaína em 12 diferentes ações; 6 no Brasil e 6 no exterior (Bélgica, França e Espanha).

A investigação apurou que 3 grupos criminosos vinham embarcando volumosas quantidades da droga através de contêineres que partiam do Complexo Portuário Itajaí, escondida em cargas de mercadorias como bobinas de aço, abacaxi em latas e blocos de granito.

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As ordens judiciais da Operação Oceano Branco estão sendo cumpridas nos municípios de Itajaí, Balneário Camboriú, Navegantes, Itapema, Penha, Tijucas, Florianopolis, São Francisco do Sul, Joinville e Imbé/RS.

Indiciamento

Nos inquéritos policiais instaurados, os investigados poderão ser indiciados pelos crimes de tráfico e associação ao tráfico internacional de entorpecentes; bem como falsificação de documentos e uso de documentos falsos.

As penas para cada evento de tráfico internacional podem chegar a 25 anos de prisão. Além de 10 anos de reclusão por associação.