Climão. Assim pode ser definida a parte final da sessão de segunda-feira da Câmara de Vereadores de Penha. O projeto de lei ordinária 26/2016, de autoria da vereadora Márcia Pinheiro (PSDB), que trata da proibição do uso de equipamento bate-estaca na construção civil do município, rendeu troca de farpas entre os vereadores da situação.
O vereador Jesuel Capela (PSDB) pediu vistas ao projeto após Márcia dizer que os parlamentares estavam com medo de votar em favor do texto. Foi o que bastou para Juju espumar em plenário. “A vereadora Márcia insinuou aqui que nós estamos com rabo preso com alguém ou nós conhecemos alguém de alguma empresa. Eu não tenho rabo preso com nenhum empreiteiro. Vou pedir vistas em plenário e quero um parecer técnico da Secretaria de Planejamento (da prefeitura)”. Leia AQUI o projeto.
Outros se manifestaram
Antes da discussão entre Márcia e Juju, outros vereadores se manifestaram contrários ao projeto ou deram a entender que votariam pela reprovação da matéria. Foi o caso de Adriano Tibeco (PSDB). “Será que não vai inviabilizar a realização de novas obras na cidade? O bate-estaca, teoricamente, é mais barato”, argumentou.
Para Isac da Costa (PR), o projeto, se aprovado, vai prejudicar os “menos favorecidos”. Foi dele a ideia de pedir um parecer técnico à Secretaria de Planejamento. “É um assunto muito técnico para nós, leigos nesse assunto”, ponderou Isac.
Pelo projeto da vereadora Márcia, a construção civil da cidade teria que usar um equipamento do tipo hélice contínua ou pré-furo hidráulico, que não faz barulho. O presidente da Casa, Clóvis Bergamaschi (DEM), afirmou que pesquisou sobre o custo de uma perfuradora com hélice e avaliou que o projeto visa “beneficiar a classe nobre”.
O pedido de vistas do vereador Juju foi aprovado por unanimidade e o projeto só volta ao Plenário após a manifestação da Secretaria de Planejamento.
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Raffael do Prado
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