Nesta semana, a moradora de Penha, Regiane Capraro – formada em Ciências Sociais, Pedagogia, pós-graduada em educação inclusiva e pós-graduada em neuropsicopedagogia – nos brindará com a estreia de sua coluna, onde tratará temas relacionados a inclusão. Regiane é mãe de Julia, que ficou 14 minutos sem oxigênio após a médica ter induzido parto normal. Assim a bebê sofreu anoxia perinatal (falta de oxigênio durante o parto), o que veio a causar paralisia cerebral. Hoje com 20 anos, Julia é a motivação e o grande orgulho da mãe, que “comprou o barulho” de outras mães e tornou-se ativista da causa.
Por Regiane Capraro
O que significa a palavra INCLUSÃO? Se buscarmos no Google, é isso que encontraremos: “é a nossa capacidade de entender e reconhecer o outro e, assim, ter o privilégio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes de nós.”
Bonito, não é? Mas lhes digo que isso vai além de que muita gente pensa. Quando falamos de entendimento, reconhecimento e privilégio, não percebemos a profundeza dessas palavras. A inclusão vai além de palavras e seus significados estão no invisível… na alma, lá dentro onde o ser humano deixar de ser apenas humano e se tornar mais ser.
Quando nos tornamos inclusão, deixamos tudo aquilo que foi aprendido nos conceitos ultrapassados. Conseguimos realmente ter empatia e saber o significado da inclusão. Observamos que uma pessoa com deficiência é um ser que tem todo o direito de viver dignamente e com suas diferenças. Percebemos que este mundo “perfeito que criamos em nossas mentes” é ilusório. Notamos também que uma pessoa com deficiência de hoje pode ser um filho, irmão, mãe, amigo ou até mesmo nós no amanhã, pois ninguém está isento disso. Este mundo “perfeito” felizmente não existe.
Na próxima coluna vamos entrar neste mundo com mais profundidade. Até lá!
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