Penha ostenta o título de capital estadual do turismo temático. Tramita em Brasília proposta para promover este título em nível nacional. Penha também apareceu como segundo destino preferido, segundo pesquisa do jornal O Estado de S. Paulo; mais recentemente, figurou em primeiro lugar no site booking.com como o destino mais reservado no verão.
É na cidade cheia de títulos e faixas penduradas no pescoço que falta água no verão; do Natal à primeira semana de janeiro, moradores e turistas vivem o martírio do banho de canequinha.
É na cidade cheia de títulos e faixas penduradas no pescoço que a concessionária Águas de Penha vive para um único propósito: dar desculpas. Desculpas por não construir o reservatório do Bairro Nossa Senhora de Fátima; desculpas por abrir e não fechar os buracos que enfeitam ruas e avenidas; desculpas por ter conseguido um contrato milionário e não sair do lugar rumo à sonhada rede de esgoto…
É na cidade cheia de títulos e faixas penduradas no pescoço que chegados do prefeito enfrentam a fiscalização da prefeitura para atuar nas praias sem alvará. Cadeiras e mesas dão caráter privado ao que é público.
É na cidade cheia de títulos e faixas penduradas no pescoço que o abuso de alguns comerciantes e empresários parece não ter limite: galão de 20 litros de água a R$ 20, uma porção mirrada de camarão a R$ 70 e pousadas xexelentas com diárias a R$ 400.
É na cidade cheia de títulos e faixas penduradas no pescoço que faltará água nas temporadas 2018/2019, 2019/2020, 2020/2021…
