PMDB de Penha manobra para reduzir tempo de mandato da presidência da Câmara

O PMDB de Penha está manobrando para reduzir para 1 ano o mandato da presidência da Câmara. Para isso, terá que alterar a Lei Orgânica do Município e o Regimento Interno, recém atualizados.

Por que reduzir o tempo do mandato? Simples: o partido elegeu 4 vereadores, todos muito bem votados, e não conseguiu que eles entrassem em um acerto pela cadeira mais cobiçada do Legislativo penhense. Eles não são bobos. Um vereador ganha hoje R$ 7191,73 e o presidente embolsa R$ 10,068,42. Ano que vem, o salário do presidente será de R$ 10.787,60. Apesar de garantir a maioria para a próxima Legislatura, o partido terá que contornar muitas situações ainda em 2016.

Hoje, o mandato é de 2 anos. Em 2015, o então presidente da Casa, Felipe Schmidt (PSD), renunciou ao mandato após um acordo com o vereador Clóvis Bergamaschi (DEM), atual presidente.

Felipe conseguiu bons resultados em um 1 à frente da Câmara, devolveu dinheiro para a prefeitura e movimentou positivamente o Legislativo. Passar o bastão para o Clóvis, no entanto, não agradou boa parte dos funcionários da Casa. Muda o chefe e mudam os processos internos, os cargos comissionados, a rotina pré-definida para dois anos. Clóvis, por exemplo, não inovou enquanto presidente. Foi mais do mesmo.

O PMDB não conseguiu convencer os vereadores eleitos a entrar em um acordo, assim como fizeram Felipe e Clóvis. O partido agora pretende lançar um projeto alterando duas leis da cidade para, até 2020, Penha ter quatro eleições para a Mesa Diretora e eleger 4 diferentes presidentes.

Mudar a Lei num jogo de cartas marcadas

Serão quatro eleições, mas com os eleitos já definidos antes da votação. Professora Juraci deve ser a primeira presidente, e Italiano o segundo. Ainda falta definir a ordem de posse dos vereadores Lito e Professora Regiane.

E onde entram os vereadores Maurício (Pros) e Isac (PR) nessa conta? Ambos fizeram parte da coligação que elegeu Aquiles Costa (PMDB) para prefeito com 9925 votos. Maurício e Isac têm sua parcela de importância nessa vitória.

Ventila nos corredores da Câmara que Regiane e Lito topariam dividir o mandato com Maurício e Isac, ficando seis meses para cada um. Como ficarão os andamentos dos trabalhos com 6 presidentes?

Para conseguir mudar as leis o PMDB precisa de 8 votos. O vereador Sérgio de Mello (PMDB) garante que já tem os nomes necessários para aprovar, em 2 turnos, as mudanças no Regimento Interno e na Lei Orgânica de Penha.

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Raffael do Prado
raffajornal@hotmail.com



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