“Um morador de Piçarras foi espancado na tarde de domingo, na praia da Paciência, em Penha”. Essa é a primeira frase de uma notícia publicada na edição desta terça-feira do Diarinho (leia no final do texto).
O cara apanhou porque pediu que um grupo de banhistas apagasse a fogueira que tinha acendido no morro da praia. Perto de onde fizeram a fogueira há uma placa indicando que naquele local não é permitido acampar, fazer comida e, também, acender fogueira.
Ano passado, a prefeitura lançou concurso público com diversas vagas, entre elas, a de Analista Ambiental, a pedido do Conselho Municipal do Meio Ambiente (Comdema). O concurso foi realizado, uma pessoa se classificou em primeiro lugar e até hoje, 18 de outubro de 2016, não foi chamada para tomar posse.
Penha patina na fiscalização ambiental há 58 anos. Quase que toda a orla é tomada por mansões e construções irregulares. O Poder Público fez e ainda faz vistas grossas à deterioração de nossa extensa área verde. O esgoto lançado ao mar eleva Penha ao status de cidade com mais pontos impróprios para o banho na listagem anual divulgada pela Fatma.
A agressão ao morador de Piçarras é mais um triste episódio da falta de fiscalização ambiental. Dificilmente o prefeito Evandro Eredes dos Navegantes (PSDB) nomeará o analista ambiental aprovado no concurso do ano passado. Em final de mandato, Evandro está demitindo cargos comissionados e fazendo as contas para entregar a prefeitura o menos quebrada para o prefeito eleito, Aquiles Costa (PMDB).
Estamos na porta de mais um verão de baderna, sujeira e crimes ambientais em nossas praias.
A reportagem de hoje publicada no Diarinho
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Raffael do Prado
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