Penha receberá a terceira Biblioteca Açoriana Machado Pires em Santa Catarina

Penha será sede da terceira Biblioteca Açoriana Machado Pires III dentro do estado de Santa Catarina. A conquista foi mediada pela Fundação Municipal de Cultura de Penha Picucho Santos durante a participação no 3º Encontro Açores/Brasil – que aconteceu dia 23, no Rio de Janeiro-RJ. O protocolo do intercâmbio literário será assinado em setembro, quando o governo dos Açores estará em Imbituba para formalizar a fundação da segunda biblioteca no território catarinense.

“O Diretor Regional das Comunidades de Açores, José Andrade, deu o aval para o início do processo de implantação da Biblioteca Açoriana em Penha. Será um rico espaço para pesquisa e valorização da cultura de base açoriana, que é a base da nossa história”, comemora o superintendente da Fundação, Eduardo Bajara Souza. A Biblioteca Açoriana Machado Pires I está no Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina (IHGSC).

No ato de assinatura, em setembro, Penha já receberá a primeira remessa de livros escritos exclusivamente por escritores dos Açores. “Nós já temos o espaço reservado para a Biblioteca dos Açores, que será formado por obras das mais variadas temáticas, mas produzidas exclusivamente por açorianos. Há produção literária nos Açores é extremamente valiosa e rica e será compartilhada conosco periodicamente”, acrescenta Bajara. O protocolo oficial da instalação será assinado entre o presidente do IHGSC, Augusto Cesar Zeferino, a representante do Governo dos Açores no Brasil, professora Vilca Merízio e Bajara.

A Biblioteca Açoriana estará alocada na Casa da Memória Dico do Amâncio, também sede da Fundação. O espaço foi inaugurado em julho de 2021 e reúne uma fatia generosa da história cultural, artística e política de Penha. Organizada por áreas tematizadas, a Casa é considera o museu penhense. Para Bajara, “a Casa da Memória é formada por vários espaços culturais, cada um mostrando uma vertente cultural da cidade de Penha”. No mesmo espaço, a Fundação homenageia o Professor Décio José Custódio, que faleceu durante a pandemia do Covid-19. Décio era Professor de música do Projeto Musicar na Escola e um extremo apaixonado pela cultura de base açoriana local.

O superintendente ressalta ainda que outras questões avançaram durante o Encontro Açores/Brasil. A questão da geminação de Penha com os Açores – tornando o município irmão de um município do arquipélago português – e a lapidação de uma oficina para formação de um grupo folclórico açoriano ganharam vigor. “Temáticas que avançarão em novas tratativas com a Comunidade dos Açores”, encerrou.

Durante o 3º Encontro Açores/Brasil, a Fundação Picucho Santos entregou um Kit Cultural de Penha entregue às autoridades. Ele foi formado cinco livros (Penha Memória Histórica e Penha 260 Anos, de Cláudio Bersi, A Folia do Divino, de Sarita Santos, A Turma do Sirizinho, de Paulo Santos, e Antônio e o Boi, de Tábata Torres), um mapa Turístico/Cultural, UMA amostra de Consertada de Penha e um artesanato: mini Bandeira do Divino de Penha.

 

Imagem: Prefeitura de Penha