Sul do Brasil sofre efeitos severos da “La Niña”

A última atualização dos órgãos de previsão climática do mundo, incluindo a Noaa (Administração Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos) e o Iri (Instituto Internacional de Pesquisa Climática da Universidade de Columbia), mostram que o fenômeno climático “La Niña” ganhou mais força do que o esperado inicialmente. Segundo os institutos, a anomalia de temperatura da superfície do Oceano Pacífico em sua faixa equatorial, região conhecida por Niño 3.4, está em torno de 1,5°C abaixo da média, o que indica a uma forte intensidade.

O que importa a La Niña para o Brasil?

A La niña causa alterações as temperaturas e também no regime de chuva em diversas áreas do planeta. No Brasil, a Região Sul sofre um impacto direto no regime de chuva que passa a ser mais irregular e com menos volume, ou seja, os produtores agrícolas da região terão de ficar bem atentos às previsões de chuva nos próximos meses a fim de minimizar os impactos na próxima safra.

No Sudeste, o principal impacto fica para as temperaturas que devem ficar levemente abaixo do normal, esse tipo de fenômeno climático não trás um impacto direto para chuva na região, mas a La Niña também faz com que mais Zonas de Convergência do Atlântico Sul se formem, por conta da nebulosidade, a temperatura diminui, só que mais nuvens nem sempre significa mais chuva.

“La Niña forte, mas não por muito tempo”, essa foi a frase dita pela especialista em clima Patrícia Madeira, da Climatempo, que ainda completou: “estar forte agora, não significa que vai continuar com a mesma intensidade. A previsão indica que ela deve ficar com intensidade moderada até o final do verão, depois se desfaz”.

Mas nesta quinta-feira, o deslocamento de uma frente fria sobre o Sul do Brasil e a presença de uma forte área de baixa pressão atmosférica entre o Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná vai facilitar a formação de mais nuvens pesadas sobre estes estados.

Na região sul do país, ficam fora da chuva o centro-oeste e o sul do Rio Grande do Sul e o centro-oeste de Santa Catarina; rajadas de vento com 60 a 80 km/h podem atingir o litoral do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, por causa de um ciclone extratropical.