Acusado de matar Gabriella Custódio Silva é condenado a 12 anos de prisão

Depois de quase 11 horas de duração, o Tribunal do Júri da comarca de Joinville condenou a 12 anos um homem por homicídio qualificado e fraude processual. O Conselho de Sentença, integrado por sete jurados, não acatou a qualificadora de feminicídio. O crime, ocorrido em 24 de julho de 2019, teve grande repercussão na época. Leonardo Nathan chegou ao Hospital Bethesda, naquela cidade, com a namorada no porta-malas de seu carro. A penhense Gabriella Custódio da Silva havia recebido um tiro no peito. O homem carregou a moça nos braços, pediu socorro na portaria e a deixou no local, dizendo que buscaria documentos no veículo, porém, não retornou. A jovem morreu passados 20 minutos. O rapaz, posteriormente, alegou que um tiro acidental causou a tragédia. O julgamento ocorreu durante toda a terça-feira (27/10). 

No julgamento, no período da manhã, foram ouvidas quatro testemunhas – uma indicada pelo Ministério Público e outras três pela defesa – e também o réu. Pela ordem, o primeiro a falar foi o promotor Ricardo Paladino, do Ministério Público, que apresentou vídeos de depoimentos da audiência de instrução e exibiu cenas da chegada da garota carregada no colo para dentro do Hospital Bethesda. O promotor falou da suposta ocultação de celulares e da arma do episódio para esclarecer detalhes do caso. Os advogados de defesa argumentaram que o tiro disparado pela arma foi acidental, ou seja, sem a intenção de matá-la. Após as duas explanações, também aconteceu a réplica e a tréplica.

Para os advogados de defesa de Leonardo Nathan, o resultado não foi o esperado, já que a tese defendida era de que o tiro contra Gabriella foi acidental. Mesmo assim, o fato de o júri não ter acatado a qualificadora de feminicídio foi uma vitória.

— Se nossa tese fosse acatada, a pena seria de um ano. Acabou ficando em 12 anos. Mas respeitamos a decisão da Justiça — afirmou o advogado Pedro Alves da Silva.

A defesa tem até segunda-feira (2) para entrar com o pedido para recorrer da decisão e tentar diminuir a pena de Leonardo. Segundo Pedro, eles irão recorrer.