Vinício Santos, ex-secretário de Saúde afastado pela justiça lança pré-candidatura a prefeito de Piçarras

O ex-secretário de Saúde de Balneário Piçarras, Vinício José dos Santos, lançou a pré-candidatura dele a prefeitura de Balneário Piçarras pelo PSDB, partido do atual prefeito Leonel Martins, que está em segundo mandato. Vinício, que é assessor da deputada Ana Paula da Silva (PDT), a Paulinha, na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), disse ao Jornal do Comércio que deixou o nome dele à disposição do partido.

“Tenho recebido muito incentivo e apoio da população diante dessa decisão, que ainda possui um longo caminho até que uma decisão seja sacramentada pelo PSDB. Vou respeitar e apoiar a decisão partidária, mas também quero poder mostrar minha capacidade”, disse o assessor da deputada Paulinha ao Jornal do Comércio, de Balneário Piçarras.

Investigado

Em setembro de 2018, Vinício foi afastado do cargo de secretário de Saúde de Balneário Piçarras pela juíza Regina Aparecida Soares Ferreira por suspeita de organização criminosa e suspeita de prática de crimes de falsidade ideológica e peculato. Segundo a justiça, documentos e e-mails apreendidos durante uma investigação atestaram que, de janeiro a agosto de 2017, um médico de Piçarras cujo contrato havia terminado em dezembro de 2016, continuou a atuar e passou a receber, informalmente, como plantonista do município enquanto ocupava cargo de coordenador do corpo clínico. O médico trabalhava e os pagamentos eram feitos em nome da namorada dele, também médica; tudo com a anuência de Vinício.

O esquema, segundo reportagem publicada pelo jornal Expresso das Praias, foi imposto pelo secretário Vinício e autorizado pela diretoria de Recursos Humanos da prefeitura. Vinício, na época, negou a prática dos crimes apontados pelo Ministério Público.

Segundo informação extraída pelos investigadores junto ao Portal da Transparência, a fraude resultou no pagamento de R$ 11.700,00, equivalente a 130 horas-plantão. “Dessa forma, Vinício José dos Santos propiciou o pagamento de valores pecuniários aos codenunciados […]” – aponta a promotora Andréia S. Pinto Favero.