Não, a praia ainda não está liberada para você passear. O decreto 521 de 19 de março de 2020 ainda está valendo. “Ficam proibidas a concentração e a permanência de pessoas em espaços públicos de uso coletivo, como parques, praças e praias, em todo o território catarinense”. Mesmo assim, o feriado em Penha tem registrado grande concentração de moradores e até turistas nas praias.
Uma moradora do Bairro Armação, que pediu para não ser identificada, encaminhou a foto acima à reportagem do Notícias de Penha. Pelo menos 50 pessoas estavam aglomeradas no último domingo (19) na Praia do Cascalho, para acompanhar o famoso pôr do sol.
“A população afrouxou e aqui virou festa. Nessa área temos inúmeros idosos, maior ou menos 20, e todos estão em casa. Muitos estão contando com a ajuda de amigos e vizinhos”, comentou a moradora, preocupada com a aglomeração.
O governador de Santa Catarina, Carlos Moisés da Silva (PSL) anunciou ontem (segunda,20) a liberação com regras de cultos religiosos, shoppings, restaurantes e academias, além da obrigatoriedade do uso de máscaras em todos os estabelecimentos públicos e privados de Santa Catarina. O acesso às praias, no entanto, permanece bloqueado.
O comandante da 3ª Companhia da Polícia Militar de Penha, capitão Bruno Monteiro, explicou que a fiscalização do decreto do governador ocorre dentro das possibilidades da PM.
“Tirar o pessoal da praia não é a nossa prioridade número um. Nós temos diversas outras prioridades, como ocorrências de violência à pessoa. Com uma viatura por dia não dá para fiscalizar todas as praias, atender ocorrência, fazer com que as pessoas usem máscaras e higienizem as mãos com álcool em gel. É humanamente impossível: a gente faz dentro das nossas possibilidades”, disse o capitão.
Segundo ele, a companhia de Penha criou uma guarnição durante a semana para estar na rua fiscalizando a parte comercial do cumprimento do decreto do governador.
“Toda semana são realizadas rondas comerciais, e também nas praias. Há o esforço de colocar o pessoal do administrativo para auxiliar na fiscalização do decreto”, completou Bruno.
Já a prefeitura de Penha, ponderou que não pode tirar ninguém das praias, apenas orientar. “Atendemos as ocorrências dentro das possibilidades, tendo em vista o grande volume de demandas e atividades rotineiras”, comentou o coordenador da Vigilância Sanitária de Penha, Edevilson Nascimento.
