O governador de Santa Catarina, Carlos Moisés, informou no final da tarde desta quarta-feira, 18, que o estado tem 14 casos confirmados do novo coronavírus (Covid-19) e 177 suspeitos. Entre os casos, quatro são de transmissão comunitária, quando a origem do contágio não é identificada. Os contaminados são de Florianópolis (5), Braço do Norte (2), Rancho Queimado (2), Tubarão (2), Balneário Camboriú (2) e Joinville (1)
Este cenário levou o governador Moisés a, na noite de terça-feira, decretar situação de emergência e restringir todos os serviços que envolvem atendimento ao público e não são considerados essenciais. A fiscalização deste decreto coube à Polícia Militar, conforme vídeo publicado pelo comandante-geral da PM de Santa Catarina, coronel Araújo Gomes.
Mesmo assim, a quarta amanheceu com praticamente todo o comércio de Penha de portas abertas. O decreto é claro. Só podem ficar abertos farmácias, supermercados, tele-entrega de lanche, unidades de saúde, postos de combustível, funerárias, distribuidoras de água e gás, distribuidoras de energia elétrica, clínicas veterinárias de emergência, serviços de telecomunicações, órgãos de imprensa, segurança privada e coleta de lixo. O restante fecha tudo.
A decisão é para evitar a proliferação do vírus e garantir que os postos de saúde consigam atender a demanda de doentes sem que haja longas filas, levando a um colapso no sistema único de saúde. Mesmo assim, alguns insistem em enfrentar a decisão do governador.
Isso é ruim por diversos fatores: ignorar a medida é mandar um recado de descaso com toda a população e, principalmente, ocupar a Polícia Militar com serviço burocrático. O efetivo de Penha é baixo e os policiais têm que cuidar das ruas e garantir que neste período de quarentena a cidade fique segura.
Na manhã desta quinta, a PM informou que irá passar nos comércios que não se enquadram no decreto notificando e interditando os estabelecimentos.
É um absurdo a Polícia Militar ter que passar por isso. Sejam humanos neste momento de grande dificuldade para todos nós.
