A coragem de Silas ao combater fake news criada pelo governo e que motivou a criação da “CPI dos Combustíveis”

Por quase 3 anos, os vereadores da base do governo Aquiles da Costa (MDB) ameaçaram o vereador Silas Renato Antonietti (PSD) com a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar um suposto desviou de óleo diesel na Secretaria de Serviços Urbanos em 2016, quando Silas era diretor administrativo do setor. A cada crítica ao governo, Silas era confrontado com as ameaças da CPI. Foi assim até o dia 2 de dezembro, quando quatro vereadores do governo apresentaram requerimento de abertura da CPI: Maurício Brockveld (Pros), Maurício “Lito” da Costa (MDB), Maria Juraci Alexandrino (MDB) e Isac da Costa (PL).

A denúncia, como depois foi divulgado, indica que Silas teria liberado o abastecimento de um caminhão da Secretaria de Serviços Urbanos que, segundo os interlocutores do gabinete do prefeito, passou o ano de 2016 estacionado na garagem da MDM, a empresa que venceu a licitação naquela ano para o conserto dos veículos públicos. Segundo os denunciantes, as liberações de abastecimento assinadas por Silas provariam o desvio de óleo diesel.

Na sessão desta segunda, 9, Silas apresentou documentos que provam que a CPI, é, na verdade, uma maneira de tentar intimidá-lo, já que o vereador tem sido uma das principais vozes da oposição ao prefeito Aquiles.

O primeiro documento, assinado pelo atual secretário de Governo, Eduardo Bueno, atesta que tanto Bueno, quanto a turma da prefeitura, sabiam que o caminhão ficou à disposição da secretaria de Serviços Urbanos de janeiro a setembro de 2016.

O segundo documento, um “Termo de Entrega de Maquinários”, explicita que a CPI é uma furada. Conforme consta no documento (abaixo), o caminhão FORD CARGO Placas MGE-4138 foi para o conserto no dia 9 de setembro de 2016 e só retornou para o pátio da Secretaria de Serviços Urbanos no dia 14 de julho de 2017, já sob o comando do atual prefeito Aquiles.

Conforme consta no documento, o caminhão apresentava “barulho no motor e falta de potência”. A prefeitura demorou 7 meses para pedir de volta o veículo.

Para fechar, Silas apresentou na Tribuna da Câmara a portaria de exoneração dele do cargo de diretor Administrativo da Secretaria de Serviços Urbanos, em 2016. Ele deixou o cargo no dia 1º de julho daquele ano para disputar a eleição para vereador, conforme determina a legislação eleitoral.

“As notas apresentadas pelo governo e seus vereadores, tentando me imputar um crime, foram assinadas por mim, de fato. Foram assinadas enquanto o caminhão estava à disposição da Secretaria de Serviços Urbanos. Ou seja, o caminhão era sim abastecido e estava sim à disposição da prefeitura. Criaram esta mentira porque sou crítico ao governo. Eles sempre souberam que o veículo foi usado de janeiro a setembro de 2016. Eu sai em julho: mesmo assim, encontraram um jeito de me atacar”, comentou Silas ao Notícias de Penha.

O Notícias de Penha apurou ao final da sessão de segunda, 9, que após as revelações de Silas, a CPI não deve prosperar na Câmara de Vereadores.