Casal é condenado por tentativa de homicídio em Penha

Gilmar Fortunato e Thais Lima dos Santos tentaram decapitar Pablo Patrick de Souza com uma espada na região deserta da Ponta da Vigia

Gilmar Fortunato e Thais Lima dos Santos foram condenados pelo crime de tentativa de homicídio qualificado praticado contra Pablo Patrik de Souza. Em júri popular realizado no Fórum da Comarca de Balneário Piçarras, na última semana. Gilmar foi sentenciado a 14 anos de reclusão e Thais a 10 anos, 4 meses e 13 dias. Em abril de 2017, eles tentaram decapitar Pablo com uma espada em uma região deserta da Ponta da Vigia, em Penha. A pena de Gilmar e Thais será cumprida em regime fechado.

Uma terceira pessoa, Tailana Machado de Freitas, também havia sido denunciada pelo Ministério Público do Estado (MPSC), como participante no ato. Contudo, ela foi absolvida pelos jurados. Contra si, havia um pedido de prisão preventiva decretado, o qual foi revogado pelo juiz após o julgamento.

Segundo as investigações, a tentativa de homicídio foi motivada por uma dívida de drogas, que eram vendidas por Gilmar. O adolescente contou aos investigadores da Polícia Civil que há três meses vinha vendendo drogas para Gilmar. Sob posse de 20 tubos de removedor de solda – que eram vendidos como “Loló” ao preço de R$ 50 cada – o adolescente acabou consumindo o material e contraindo uma dívida de R$ 1.000,00 com o traficante.

Pressionado a quitar a dívida, o jovem acabou pegando mais cocaína de Gilmar – sem seu consentimento – para tentar fazer dinheiro. A Polícia Civil de Penha afirma que “Gilmar descobriu que o adolescente tinha pegado sua droga sem sua autorização e disse que iria matá-lo”. No dia 2 de abril de 2017, Pablo recebeu uma ligação para se encontrar com o trio, que o levou até uma região remota da Ponta da Vigia, em Penha.

Gilmar teria ordenado que Thais utilizasse uma espada ninja para cortar o pescoço de Pablo. A ordem for seguida. Por volta das 17h do dia 3 de abril, o adolescente foi encontrado e imediatamente encaminhado para o Hospital Marieta, em Itajaí. Ele permaneceu internado por vários dias em razão da gravidade dos ferimentos sofridos. Pablo está vivo. Thais e Gilmar foram presos semanas depois.

Fonte: JC