A fila de espera para exames e consultas de pacientes de Penha cresceu 160%

Em pouco mais de seis meses, a fila de espera para exames e consultas da Secretaria de Saúde de Penha saltou de 3157 pacientes para 8320; representa um crescimento de 160%. O levantamento feito pela reportagem do Notícias de Penha também aponta que mais de 70% dos pacientes que aguardavam na fila, em novembro do ano passado, ainda não foram atendidos. Há pessoas aguardando atendimento desde 2012, como é o caso de uma mulher de 68 anos que espera por um exame de colonoscopia, usado para detectar câncer no intestino.

Das 35 especialidades previstas na lista pública (AQUI) divulgada pela secretaria, seis têm mais de 400 pessoas na esperança por um atendimento. Confira abaixo.

Cirurgia geral – 429
Oftalmologia – 824
Otorrinolaringologia – 484
Mamografia – 520
Ressonância Magnética – 492
Ultrassonografia – 2602

Apenas uma especialidade teve um desempenho diferente das demais. Em novembro de 2017, 15 pessoas aguardavam para um atendimento com médico cardiologista. Hoje, são 31. Porém, apenas três da lista anterior ainda aguardam pela consulta. O restante, são pacientes novos. Já na área da pediatria, há 60 crianças na fila de espera; dessas, 15 esperam desde o ano passado por uma consulta.

O que diz a Secretaria de Saúde

A prefeitura informou, por meio de assessoria de imprensa, que os agendamentos seguem duas filas: por ordem de chegada e por urgência, cuja regulação é feita por duas médicas, que selecionam os casos mais urgentes, e esses acabam atendidos antes.

“A demora no atendimento acontece por vários motivos. Houve um grande aumento da procura por atendimento em Penha, com muitos pacientes deixando a rede privada e buscando atendimento público. É o caso da pediatria, onde não há pediatra particular no município ou que atenda por convênio. Pelo menos 40 crianças são atendidas por semana na rede pública municipal de saúde”, informou a prefeitura.

Outra dificuldade, segundo o governo, são os exames feitos por meio de convênio com o estado. O número de atendimentos que o governo do estado fornece para Penha é limitado; um exemplo são as áreas de otorrinolaringologia, ressonância e oftalmologia. Penha não tem especialistas nessas áreas. Conforme a Secretaria de Saúde, o estado distribui os atendimentos com base nos dados do IBGE.