colégio antônio josé tiago

Aquiles se compromete em reabrir colégio Antônio José Tiago no segundo semestre de 2018

A perícia contratada pela prefeitura de Penha para avaliar a situação do prédio do colégio Antônio José Tiago foi revelada ontem à noite à comunidade do Bairro Nossa Senhora de Fátima. A escola, construída em 2012, está interditada desde fevereiro deste ano após três laudos apontarem problemas na estrutura da edificação. Ontem, o prefeito Aquiles da Costa (PMDB) e a equipe de projetos da prefeitura mostraram que o colégio não tem condições de ser reaberto agora.

Apesar de a perícia apontar que uma reforma não resolverá definitivamente os problemas, pais e professores bateram o pé pela reforma. O prefeito topou e a partir de hoje começa a planejar a reestruturação da unidade escolar. “Nós vamos fazer uma baita reforma”, garantiu Aquiles, afirmando que a escola será reaberta, provavelmente, no segundo semestre de 2018.

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O gestor de convênios da prefeitura, Jaylon Cordeiro, foi quem esmiuçou o laudo pericial à comunidade. Conforme o documento, foram identificadas avarias em toda a estrutura do colégio. Apesar de muitos problemas aparentes, o laudo revelou que o projeto de execução da obra não seguiu algumas normas técnicas básicas de construção.

Um dos pontos críticos da escola, segundo Jaylon, é a estrutura metálica de cobertura do pátio. “O metal está em contato direto com o reboco e há infiltrações nessas regiões. Além disso, as ‘tesouras’, que são a base do telhado, estão totalmente corroídas”, explicou o gestor.

Recomenda-se, recomenda-se…

Para cada defeito apontado no laudo, há uma recomendação; nas salas em que o piso cedeu, por exemplo, a indicação é pela demolição e retirada da base para a construção de um novo contra piso. Na sala 5, no entanto, foi orientada a demolição da parede de alvenaria, já que apresenta fissuras, infiltrações e trincas no concreto.

Na conclusão, o laudo aponta para o desmonte total da estrutura metálica, contratação de novo projeto e construção de cobertura nova. Recomenda a troca de todas as telhas da cobertura, devido ao estado de desgaste. E ainda orienta para a substituição dos rebocos internos e externos.

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Discussão sobre remanejamento das crianças

Após a apresentação do laudo e a definição pela reforma, pais e professores questionaram o prefeito sobre um possível remanejamento das crianças que hoje estudam improvisadas no Salão Paroquial da Igreja Cristo Rei, na Cohab. Aquiles pretendia remover as crianças para a Escola Básica Municipal Horacina Soares Francisco; a unidade fica na Rua Tiradentes, também na Cohab. Aquiles argumentou que os alunos teriam um espaço adequado para estudar e para a prática de educação física.

No entanto, alguns professores argumentaram que uma nova adaptação poderia prejudicar os alunos. Hoje, metade dos estudantes do colégio Antônio José Tiago está no salão da igreja e outra metade na estrutura da EJA, no Bairro Armação. “Eu entendo todos vocês, mas não acredito que vá ser ruim essa adaptação. A escola [Horacina] tem a estrutura necessária para atender a todos”, defendeu Aquiles.

Após a polêmica em torno dessa discussão, o prefeito colocou em votação e acabou sendo vencido pela maioria. Até que o colégio Antônio José Tiago seja reformado, os alunos permanecem organizados como estão hoje.

Elisângelo dos Santos Antonietti, presidente da Associação de Pais e Professores (APP) da escola comemorou a reforma. “Conseguimos sensibilizar o governo municipal e hoje temos uma definição; em 2018 teremos nossa escola de volta”, comentou.