Pais e professores pressionam prefeitura por reforma da Escola Antônio José Tiago, interditada em fevereiro

Pais e professores do Grupo Escolar Municipal Antônio José Tiago, localizado no Bairro Nossa Senhora de Fátima, se reuniram ontem para debater sobre a situação da escola, interditada pela prefeitura de Penha no dia 10 de fevereiro. Eles querem que o prefeito Aquiles da Costa (PMDB) contrate uma empresa para reformar a unidade escolar. Hoje, os 435 alunos do colégio estão divididos: parte estuda no salão paroquial da Igreja Cristo Rei, na Cohab; e parte está na estrutura da EJA, no Bairro Armação.

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O presidente da Associação de Pais e Professores (APP) da escola, Elisângelo dos Santos Antonietti, garantiu que a unidade escolar tem condições de ser reaberta. “Basta que o prefeito faça a reforma. Não aguentamos mais essa situação vivida pelos nossos filhos e professores. Faz sete meses que estamos aguardando, e nada até agora”, afirmou o presidente da APP.

Os pais querem que o prefeito Aquiles cumpra uma promessa feita a eles em fevereiro. Na época, Aquiles disse que se o projeto que criava os cargos de monitor fosse aprovado na Câmara, conseguiria economizar em torno de R$ 200 mil por mês.

Pelo projeto, a prefeitura não precisaria contratar professores para fazer atividades de monitores. Com isso, economizaria em salário, já que monitor recebe menos. “Pelas nossas contas, o prefeito já tem em mãos R$ 1,4 milhão para a reforma da nossa escola. Não queremos mais esperar”, afirmou Elisângelo.

Interdição

No dia 9 de fevereiro, pais, professores, vereadores e membros do governo municipal fizeram uma reunião emergencial para discutir as condições de infraestrutura da escola.

Inaugurada há pouco mais de quatro anos, o prédio que era chamado de “escola-modelo” pela administração passada. Porém, o local apresenta problemas estruturais, como goteiras, infiltrações, rachaduras nas paredes, fissuras que correm de ponta a ponta do prédio e piso cedido.

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Na reunião de fevereiro, a prefeitura afirmou que a estrutura de sustentação do telhado do passadiço apresentava “grau muito avançado de oxidação”, ameaçando ruir a qualquer momento. Elisângelo refuta essa avaliação. Ele garante que o que falta na estrutura metálica é uma pintura. “Em alguns pontos da estrutura metálica dá para ver as emendas de solda. Ali não tem oxidação. Só precisa de uma pintura. Já quanto às goteiras e infiltrações, basta uma reforma para resolver a situação”, afirmou o presidente da APP.

Laudo

Por meio de assessoria de imprensa, a prefeitura informou na manhã desta terça-feira que “a maior parte do prédio da escola” não tem como ser reaproveitada. “O laudo não diz que não precisa ser demolida; diz que uma pequena parte da escola pode ser aproveitada, porém, sem reboco, sem telhado, ou seja, só os tijolos”, disse a assessoria.

O laudo que a prefeitura tem em mãos ficou pronto há alguns dias, mas ainda não foi divulgado para a APP do GEM Antônio José Tiago. O prefeito iria na reunião ontem, mas como a APP não o convidou, achou melhor não comparecer.

“Ele [prefeito] vai marcar uma reunião com a comissão de representantes dos pais, eleita no início do ano, para apresentar o laudo, projeto de reforma e/ou de construção. Ele quer decidir com os pais o melhor caminho a seguir”.

Já sobre a economia de 200 mil reais por mês, o governo garantiu que tem o aporte financeiro em mãos. Quanto aos prejuízos com o vandalismo, o governo municipal fará um levantamento do que de fato foi depredado, e se as ocorrências foram antes ou depois da contratação da empresa Minister, responsável pelo monitoramento e segurança dos prédios públicos.