Ivete Janke é blumenauense com passagem por São Paulo e há 25 anos vivendo e empreendendo em Penha. Já liderou o Rotary de Penha e hoje está à frente de grandes projeto, que em breve logo serão apresentados aqui no portal Notícias de Penha para você acompanhar e contribuir.
Ela já teve uma agência de turismo e hoje empreende dentro do Parque Beto Carrero, com o Studio Sonho e Fantasia.
Todas as mulheres empreendedoras que passaram aqui pela coluna são mães e 98% das minhas clientes empreendedoras também. No Brasil o empreendedorismo feminino está quase que diretamente relacionado à maternidade e fora dele percebo a mesma relação: as mães precisam de flexibilidade de tempo.
Mãe de Kate, William e Heidi, Ivete reforça os maiores desafios das empreendedoras: conciliar casa, família, filhos, negócio. Algo que conversamos e é consenso entre nós, é a necessidade de delegar tarefas e a dificuldade que todos nós, seres humanos, temos em passar o bastão para outra pessoa, especialmente nós, mulheres.
Uma recomendação é: dê boas instruções para quem vai realizar, seja claro e objetivo. A comunicação garante 90% do sucesso da execução. E aqui vai a minha provocação empreendedora dessa semana:
- Faça uma lista das coisas que você precisa fazer nessa semana (11 a 15/9), registre o dia em que serão feitas.
- Analise a lista e veja o que pode ser delegado para companheiros, colaboradores, filhos ou para aqueles amigos e familiares que podem te ajudar.
- REALIZE! Depois me conte tudo que você aproveitou com o tempo sem pensar nas tarefas que precisam ser feitas.
Das mulheres empreendedoras entrevistadas até aqui, Ivete é a que está com os filhos crescidos e alcançando seus próprios voos. Por isso e como forma de inspiração para todas vocês, preparei uma surpresa com muito carinho para ela.
“Minha mãe sempre foi uma guerreira; encarou de frente todos os desafios que apareciam. E ela fazia isso tendo três filhos pra criar! Hoje eu entendo que por muitas vezes ela precisou dar mais atenção ao trabalho que aos filhos; mas quando ela se fazia presente, sempre era especial. Às vezes ela tinha que levar a gente nas viagens pela antiga empresa dela, e mesmo sendo a trabalho. É por isso que eu devo o meu caráter e a pessoa que sou hoje a ela”. William, que mora em Penha e trabalha num estaleiro.
“Muita gente olha pra mim e para minha família sem saber da realidade financeira em que vivíamos; quem nos vê hoje pensa que sempre tivemos uma grana legal para pagar as contas e comprar coisas legais. Mas a nossa realidade era bem diferente disso.
Olhando para traz eu vejo que só não vivemos mais daquela forma graças a minha mãe. Ela sempre batalhou muito para conseguir pagar as contas. Via minha mãe mexendo em papéis, calculando e fazendo anotações. Provavelmente tentando descobrir uma forma de não precisar de empréstimos do banco.
Era muito ruim ouvir sempre o “não” dela quando eu pedia algo. Porém, eu sei que para ela era ainda mais difícil dizer o “não” para a gente. Ela batalhou muito para abrir uma empresa de turismo, que acabou não dando certo. Mas não desistiu; abriu a empresa de fotografia, que tem até hoje. Trabalhou dia após dia, fins de semana e feriados, independente de chuva ou sol; ela trabalhava tanto que chegava a perder apresentações dos filhos na escola. Tudo pra conseguir mudar de vida.
E ela conseguiu. Eu me orgulho muito da mãe trabalhadora e empreendedora que eu tenho, ela não é do tipo que a vida consegue derrubar, ela sempre se levanta. Ela me inspira a não desistir do que eu quero, a trabalhar duro e dar o melhor de mim, a não aceitar a derrota, a tentar de novo e de novo e quantas vezes forem necessárias até dar certo; porque sucesso não vem sozinho, a gente conquista”. Kate, que hoje mora em Washington.
“Ter uma mãe empreendedora fez com que crescêssemos conscientes sobre o mundo que nos cerca. Nunca tivemos luxo, inclusive houve tempos de vacas muito magras, em que realmente foi muito difícil para a nossa família. Gosto de lembrar de quando éramos pequeninos e o país estava em uma crise (para variar), nessa época meu pai trabalhava no setor imobiliário e as vendas estavam complicadas e para que tivéssemos alimento minha mãe começou a fazer bolo para aniversário de nossos vizinhos, meus irmão e eu éramos muito pequenos e não entendíamos a situação, mas aí já estava um resquício da mente empreendedora de nossa mãe, pois é na dificuldades que nos tornamos mais criativos para poder superar um obstáculo que a vida nos impõe.
Ao decorrer dos anos nossa mãe desenvolveu esse lado empreendedor, passou a ser dona do seu próprio negócio, muitas vezes tendo que nos levar junto com ela (adorávamos isso) quando tinha a agência de turismo, e quando por fim investiu seu tempo e suor em um empreendimento junto ao parque vimos o cenário mudar, pois dali em diante pudemos viver de forma um pouco mais confortável. Ela sempre nos incentivou a trabalhar, a ir atrás do nosso espaço, e nós sempre ajudando ela nos negócios também.
Foi dessa forma, vivenciando as rotinas de uma empresa, trabalhando junto aos funcionários e botando a mão na massa que realmente pudemos abstrair o conhecimento e valorizar aquilo o que ela durante tanto tempo batalhou para proporcionar a todos. Hoje além de um grande exemplo enquanto empreendedora orgulho-me muito por ela ter estado à frente do Rotary e ter mudado muito o clube que estava em uma fase complicada, ela assim mostrou mais uma vez que é possível sim mudar se houver dedicação, e hoje é nisso que meus irmãos e eu nos inspiramos para sermos melhores a cada dia”. Heidi, que hoje mora na Pensilvânia.
Eu não sei vocês, mas eu fiquei emocionada imaginando meu filho no futuro contando a minha e a nossa história. E vocês? Quais histórias seus filhos vão contar?
E te espero na próxima semana! Compartilhe e nos ajude a inspirar outras mulheres empreendedoras.
Será que eu posso te ajudar com o seu negócio? Muri Rocha (47) 9 9133-3949 | darocha.muri@gmail.com | Quer aprender mais sobre empreendedorismo e o tema mulheres empreendedoras? Então me acompanhe: facebook.com/coachmurirocha | Instagram @coachmurirocha
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